Monday, January 17, 2011

Os Livros que eu nunca vou ler #02

Recentemente, fiz um post do qual eu gostei muito falando sobre alguns livros que, de tão toscos, bregas, horrendos ou qualquer outro adjetivo pejorativo, eu jamais leria. Pois bem, foi um desabafo que deu uma certa repercussão, e me fez voltar ao assunto, depois que eu vi essa manchete fantástica no caderno Ilustrada, da Folha.com, nesta semana:


Pois é, esse simples texto de 54 caracteres mostra muita coisa: 1) Que a música têm passado por uma fase negra aqui no Brasil, devido à esses Restart, Cine, Replace, Hori e demais bandas coloridas; 2) Que além de um péssimo gosto musical, os fãs desses lixos também têm um péssimo gosto para a leitura; 3) Que o mercado editorial está desesperado e aceita qualquer obra em seu catálogo; 4) E que eu estou c*gando e andando pra esse povo.

Se o problema parasse por ai, tudo bem, eu até fingia demência sobre o assunto. Mas não. Como diz sabiamente o ditado popular, "desgraça pouca é bobagem". Basta uma simples pesquisada na internet para achar ainda mais atrocidades literárias. Essa aqui, por exemplo: "O Diário de Fiuk". Sério, eu senti arrepios na espinha quando vi que isso foi publicado.

Sábio visitante que está lendo esse singelo post, me diga, sinceramente: o que um cara que pensa que é cantor, que acha que é ator, que tem a ilusão de ser galã de televisão (tudo isso sendo fortalecido pela Rede Globo, que quer nos jogar esse sapo pela goela abaixo), que só apareceu na mídia porque é filho de uma pessoa famosa (no caso, o cantor, de verdade, Fábio Júnior), tem de tão importante, estarrecedor e bombástico para nos contar? E o pior, foi o próprio Fiuk, o mais "fodão" da atualidade na TV, quem escreveu o livro, em forma de diário. O que esse tipo de publicação pode trazer de bom à alguém? Será que ele tem um capítulo falando como é viver sendo uma pseudo-celebridade que só aparece nos sites de gente famosa porque é filho de um deles? Duvido.

Ah, e não se iluda se você acha que esse "problema" é exclusivo dos brasileiros. Lá na terra do Tio Sam, na terra dos dólares, na idolatrada Estados Unidos da América, existem os "Fiuks" e "Restarts" dos americanos. Sim, ele mesmo, o cara que quer ser o novo Michael Jackson, que passa glitter nos lábios, que deve alisar até os pentelhos, o cara do cabelo lambido, o Justin Bieber. O guri já tem, nada mais, nada menos, do que duas biografias lançadas (!?), sendo apenas uma oficial.

"Justin Bieber, uma Biografia não Autorizada", do jornalista britânico Chas Newkey-Burden, tem 224 páginas e conta a curta trajetória (ainda bem que ele assume), do menino até o estrelato, além do surgimento de suas primeiras espinhas, da primeira punheta e a primeira chapinha. Sim só pode ser isso que o livro mostra porque que história um moleque de 16 anos tem para contar? Fala a verdade: não é um Fiuk menor de idade? A única diferença é que o pai do "Justeen" não é famoso e nunca pegou a Glória Pires.

Bom já vou ficando por aqui com o segundo "Os Livros que eu nunca vou ler"... Senão, daqui a pouco, vão estar me xingando muito no Twitter pela puta falta de sacanagem que eu estou fazendo. Depois de Geisy Arruda, ex-BBB's, artistas de qualidade duvidosa na música e filhos de celebridades, quem mais vai estampar capas de livros por esse mundo afora? Sério, eu tenho até medo de esperar para ver.

1 comment:

Anonymous said...

Sério, eu tenho até medo de esperar para ver. (+2)
Tudo que eu poderia dizer sobre o assunto, está aí, parabéns.

- Desculpa Mundo, não me rendo aos seus falsos deuses.

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