Thursday, May 20, 2010

Retratos da literatura

Vídeo produzido para a disciplina de Aplicado em Telejornalismo sob orientação do Prof. Reginaldo Morreira pelos estudantes de Jornalismo Maura Voltarelli e Danilo Reenlsober em abril de 2010.

Sunday, May 2, 2010

Homem de Ferro 2: Sequencia não empolga

"Eu sou o Homem de Ferro!". É com essa frase que, diante toda a imprensa americana, Tony Stark (Robert Downey Jr.), assume a identidade do heroi exibicionista no final primeiro longa ("Iron Man", 2008). A segunda aventura do enlatado mais narcisista das HQ's, e agora do cinema, tem início a partir do mesmo ponto. Porém, "Homem de Ferro 2", que estreou dia 30 de abril aqui no Brasil, uma semana antes da estreia americana, está longe de repetir a qualidade alcançada pelo primeiro filme. Com um enredo fraco, situações "forçadas" e cenas que deviam ser empolgantes, mas na prática não funcionam, o longa serve mais como um prefácio ao filme dos "Vingadores" (que vai reunir, em um único longa, herois como Homem de Ferro, Hulk, Thor e Capitão América), do que uma aventura solo de Stark.

Como dito acima, a história começa quando Tony Stark assume publicamente ser o Homem de Ferro. Isso, claro, logo lhe gera problemas. A começar por Ivan Vanko (Mickey Rourke), ou Chicote Negro, um russo que conhece um passado obscuro do heroi e acaba se aliando à Justin Hammer (Sam Rockwell), concorrente das indústrias Stark até o próprio Exército americano que quer, a qualquer custo, a tecnologia por trás da armadura criada pelo bilionário fanfarrão. O enredo, porém, parece ser apenas uma desculpa para que o diretor Jon Favreau, o mesmo do primeiro, usasse e abusasse das cenas de ação, que permeiam o longa do começo ao fim mas que estão longe de ser empolgantes. Na verdade, muitas delas são bem forçadas, e dão uma impressão do tipo "como ele escapou dessa?".

Se o enredo não ajuda muito, as atuações valem por cada centavo investido no filme. Downey Jr. parece ter incorporado, de verdade, o estilo excêntrico de Tony Stark, e, cheio de caras e bocas, é de longe o personagem mais carismático. O mesmo contece com Sam Rockwell, que transformou Justin Hammer, o mega empresário invejoso, num verdadeiro "mala", o típico personagem que faz com que o espectador atire o pacote de pipocas na tela. Mickey Rourke é o clássico vilão-russo-que-quer-acabar-com-a-moral-americana, mas faz isso com muita competência. Scarlett Johansson (a Viúva Negra) e Gwyneth Paltrow (Pepper Potts), por sua vez, apenas fazem parte do escalão "mulherão" do filme e as cenas onde elas aparecem tornam-se bem interessantes, já que na maioria das vezes, ambas aparecem com seus vestidos justos.

Porém, as boas atuações não conseguem segurar a atenção total ao filme. Com um enredo fraco, as cenas chegam a ser monótonas, principalmente na primeira metade do longa, e as sequencias de batalha são bem inferiores à do primeiro "Homem de Ferro", embora aqui elas sejam bem mais numerosas. A batalha final do filme, por exemplo, não chama a atenção. Mesmo assim, é um filme que diverte, mesmo que com piadinhas infames, e quase todas saídas da boca orgulhosa de Tony Stark. "Mané", o robô ajudante do heroi ainda está lá, e mesmo sendo apenas um braço mecânico, consegue fazer rir e transmitir sentimentos como um humano.

Os fãs da Marvel, principalmente dos "Vingadores", por sua vez, vão chegar ao delírio em duas cenas em especial. Uma delas, durante o filme, no laboratório subterrâneo de Stark e, a outra, no final do filme, após os créditos. Sim, é melhor esperar alguns minutinhos para ver o que a equipe da S.H.I.E.L.D. encontrou no Novo México - principalmente se você for fã do Thor, que, no ano que vem, vai ganhar seu primeiro filme. Enfim, "Homem de Ferro 2", cumpre o seu papel: o de divertir o público em geral, com um enredo simples, mas que poderia ser melhor conduzido. Com um visual caprichado e ótimas atuações, o longa serve como um elo entre o universo Marvel e conduz o heroi para algo ainda mais grandioso.


NOTA: