Friday, December 24, 2010

Feliz Olhar Novo!

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o aqui e o agora. Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.
O ano que vai entrar não vai ser diferente. Muda o ano, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com o seu bom humor? Com a esperança?
O que desejo para todos nós é sabedoria!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência! Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim... Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos. Ou mude de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro):
Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade as coisas ficam diferentes.
Desejo para você esse olhar especial.
O ano que vai entrar pose ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser e que seja!!!
Feliz olhar novo!!! Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer.
Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!!!

(Carlos Drumonnd de Andrade)

Monday, December 20, 2010

"Tron: O Legado" é tentativa falha de reviver série


Estreou neste final de semana uma das grandes promessas para o fnal do ano nos cinemas. "Tron: O Legado" (Tron Legacy, no original), é a tentativa da Disney em fazer um revival de um clássico dos anos 1980, trazendo-o para a contemporaneidade para fazer dele uma nova (e quem sabe), rentável franquia. Porém, diretor e produtores parecem ter errado a mão. São tantas referências à outros filmes (muito mais clássicos do que "Tron"), que o longa sci-fi da Disney acaba pecando pela falta de originalidade. Se a ideia era criar uma nova saga, a empresa errou.

"Tron: O Legado" me surpreendeu por vários motivos. Gostaria que eles fossem positivos, mas infelizmente, a maioria é negativa. A Disney, muito esperta, resolveu colocar sua nova ficção científica numa das épocas mais rentáveis do ano para o cinema (o Natal), mas isso não evitou o que nenhuma empresa gosta de ver: salas vazias, inclusive no Brasil. Lá na terra do "Tio Sam", o filme acumulou cerca de US$ 43,6 no seu primeiro final de semana - pouco, perto do esperado pela Disney (US$ 70 milhões). Mundialmente, o filme conseguiu US$ 66,6 milhões.

Essas salas vazias talvez sejam explicadas pelo recebimento do longa ao redor do mundo. Críticos "desceram a lenha" na produção, afirmando que muito foi investido em visual, mas o mesmo não pode ser dito do roteiro. E realmente, isso fica explícito no decorrer do longa. Com uma história simples, mas que tem a pretenção de ser complexa, alguns diálogos surjem aparentemente "jogados" nas cenas, em meio à um visual primoroso.

Esse, por sinal, é um dos destaques do longa. Com certeza, é o mais belo atualmente em cartaz, ainda mais bonito do que "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada", uma produção com visual caprichado. "Tron: O Legado" conta, inclusive, com uma versão digital - e jovem - de Jeff Bridges. Os mais desatenciosos, não tenha dúvida, sequer vão perceber que se trata de um rosto criado por computação gráfica (ou seja, totalmente no computador), tamanho a qualidade dos efeitos. Cenários também seguem esse padrão, assim como os figurinos (que são estupendos).


Outro ponto que merece ser lembrado de maneira positiva é a trilha sonora. Com uma mescla do melho do "beat" dos anos 1980, com o que há de mais moderno na música eletrônica, não estranhe se você bater seu pé no ritmo da música na cena da boate, por exemplo. A banda Daft Punk também não decepciona. Assista e você vai entender.

Porém, os lados bons da produção param por ai. Como já dito, "Tron: O Legado" tem um roteiro mal construído e diálogos pobres. Na trama, Sam Flynn (Owen Best), é (só pra variar), um rebelde sem causa que vai se tornar um salvador. Ele busca informações de seu pai, Kevin Flynn (Jeff Bridges), criador do game "Tron", que desapareceu há anos. Seguindo pistas deixadas por ele, Sam acaba "entrando" no mundo paralelo e vitual de "Tron", onde precisa encontrar seu pai e salvar sua própria pele.

Ai entram novos pontos negativos. Essa história de mundo virtual já foi nos apresentado à exaustão. Isso até era novidade no primeiro "Tron", de 1982, mas hoje em dia beira o clichê. Ainda mais depois que a saga "Matrix" tratou desse assunto de maneiro tão profunda. Você ainda vai encontrar referências à "Star Wars" aqui e acolá, como em algumas cenas de naves e outras onde Sam usa uns capuzes onde, cá pra nós, fica parecendo um Jedi.

Agora, se o assunto é a atuação dos atores, nada que valha a pena comentar muito. Até mesmo Jeff Bridges, que venceu o Oscar no ano passado pela sua atuação em "Coração Louco" (Crazy Heart), parece salvar o filme. O mesmo vale para Owen Best, que não chama a atenção em nenhum momento.

Jogando tudo na balança, parece que "Tron: O Legado" foi inteiramente produzido para quem assistiu - e gostou - do seu antecessor, lá em 1982. Não é o meu caso, afinal, nunca vi tal filme. Mas dei uma chance por ser um tão falado revival. Fica a sensação de que faltou algo ao filme - e pelo final, acho difícil a Disney transformar esse filme em franquia.



Friday, December 17, 2010

Girassóis

Um dia cinzento numa cidade feia.
Ruas movimentadas e barulhentas. Carros novos e velhos, motocicletas e bicicletas. Ônibus abarrotados. Caminhões gigantes e grosseiros. Pedestres atrevidos. Buzinas, conversas, gritos, motores, freios, aceleradores. Movimento e barulho.
Ruas sujas e mal-cheirosas. Pichações em paredes limpas. Pichações em paredes sujas. Concreto. Cinza por toda a parte. Lixo espalhado na sarjeta. Entulho atrapalhando o caminho. Cheiro de esgoto misturado ao cheiro de pão assando. Gente que não passou desodorante ao lado de gente que passou desodorante demais.
Uma subida eterna numa dessas ruas. Um muro sujo, com grades de ferro colocados para impedir roubos. Saltos. O muro sujo e as grades gastas protegem mato. Muito mato. Em meio ao verde vivo, o amarelo iluminador de uma flor. Vários pontos amarelos em meio ao verde.
Girassóis.
Girassóis em meio à um dia nublado e cinzento.
Um dia sem sol, mas iluminado por muitos girassóis.
Um sorriso brota numa face tristonha, assim como a luz brota num dia cinzento.

Monday, December 13, 2010

"Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada" mescla aventura e religião

Assistir à "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada", terceiro filme da série baseada nos livros de C. S. Lewis, foi uma experiência interessante. Eu estava em meio à um grupo de quatro pessoas, e dessas, apenas duas (eu e meu irmão), somos profundos conhecedores do reino narniano (lemos todos os livros e acompanhamos os filmes lançados anteriormente). Uma terceira pessoa nunca leu os livros, mas já assistiu "O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa" e "Príncipe Caspian", precursores deste longa. A quarta pessoa jamais leu os livros ou assistiu os demais filmes. Mas ao final da exibição, todos tinham a mesma opinião: o terceiro longa é bom, e atende todos os públicos.


Do meu ponto de vista, isso é bom. Ao mesmo tempo que "A Viagem do Peregrino da Alvorada", mesmo sendo o terceiro de uma série de filmes, não deixa brechas para dúvidas, mesmo fazendo referência aos filmes anteriores, ele também brinda os fãs mais ardorosos da franquia com detalhes que os demais não vão captar, como a citação de Jill Pole ao final da aventura, deixando claro que os produtores querem, e muito, continuar a saga com "A Cadeira de Prata", que na humilde opinião deste que vos escreve, é o melhor de todos os livros.

Claro, muita coisa remete aos filmes anteriores, como por exemplo, quando Lúcia (Georgie Henley) e Edmundo (Skandar Keynes), ao serem resgatados do mar por Caspian (agora Rei), questionam se ele os havia convocado. E ele responde que não (para quem não sabe, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, no segundo filme, vão à Nárnia após um chamado de Caspian). São pequenas as referências, que não atrapalham, já que os fãs conhecem a história a fundo, e para os mais leigos, não chegam a atrapalhar.

Claro, a terceira aventura traz muitas novidades. A primeira delas é o primo estressado dos irmão Pevensie, Eustáquio Scrubbs (Will Pouter). Toda a história de "A Viagem do Peregrino da Alvorada" é contada pelo seu ponto de vista, que não é dos melhores, diga-se de passagem. Junto à Lúcia e Edmundo, ele acaba indo à Nárnia para ajudar Caspian a encontrar os sete fidalgos desaparecidos, ao mesmo tempo, livrar o país de um mal muito pior.

E Eustáquio é, de longe, um dos melhores personagens desse filme. Estreando no universo narniano, Pouter, ator mirim que interpreta o rabugento e mimado garoto, dá um show de interpretação e coloca atores já conhecidos na franquia, como Keynes, o Edmundo, no chinelo. O que é extremamente importante, já que num possível próximo filme ("A Cadeira de Prata"), sem os irmãos Pevensie, é Eustáquio, ao lado da jovem Jill, quem deve segurar as pontas. Henley, a Lúcia, por sua vez continua a mesma gracinha de sempre.


De resto, esse terceiro filme segue à risca os anteriores. Efeitos especiais de cair o queixo e uma trilha sonora incrível (para mim, uma das melhores entre os filmes de fantasia). Aslam está mais lindo (e real) do que nunca, assim como Ripchip, o simpático roedor espadachim. Mas se algo mudou, esse algo é o roteiro. Para quem leu os livros de Lewis, sabe que ele é sempre direto. Por isso, os roteiristas acrescentaram elementos no filme, como uma batalha final mais "nervosa". Isso ajuda a enriquecer a trama, uma vez que o livro não tem uma história tão complexa.

Outra coisa que deve ser citada é o enfoque mais humano (e até religioso), que esse filme desenvolve. Logo no início, vemos uma Lúcia já crescida, até mesmo interessada em garotos e em ficar mais bonita. Isso foi abordado, de maneira sutil, por Lewis em "A Última Batalha", sétima das crônicas, mas com Susana. O diretor Michaal Apted também resolveu (quase), dar nome aos bois e deixa quase explícito que Aslam, o Leão, é a representação de Deus, numa das cenas finais.

De um modo geral, "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada", pode ser definido assim: uma mistura entre o primeiro e o segundo filmes da série. Ele mescla elementos mais teológicos, bastante abordados no primeiro longa, com cenas mais violentas de batalha criadas no segundo. A mistura não é ruim, mas, como dito no começo da análise, o resultado final não passa do "bom" (em tempo, ainda acho estranho crianças batalhando e empunhando espadas melhor do que adultos).

Friday, December 10, 2010

As pessoas mais sortudas do mundo!


Sério: elas nasceram de novo!

Você. Quatro pessoas. Um elevador quebrado. E o Demônio

A sinopse é simples, mas funcional: cinco pessoas ficam presas dentro de um elevador. Uma delas é o Demônio. O Coisa-Ruim. O Pestilento. O Diabo em pessoa. Lúcifer. O Anjo Caído. Ok, acho que você já entendeu. "Demônio" (Devil, no original em inglês), chegou por aqui no dia 26 de novembro, prometendo levar pânico aos espectadores. Embora possua um roteiro muito bem construído por M. Night Shyamalan (sim, ele mesmo, de "O Sexto Sentido"), o filme dirigido por John Erick Dowdle assusta pouco.


Um Segurança com claustrofobia. Uma velhinha estressada. Uma golpista de marca maior. Um vendedor de colchões. Um mecânico. Esse é o grupo que fica preso no elevador, no 17º andar de um edifício. E é ai que o personagem título surge. Praticamente toda a ação se dá dentro do elevador, o que acaba por preparar o espectador. Por exemplo, antes que uma morte aconteça, as luzes se apagam, lançando o espectador num breu total. Quando elas voltam a se acender, alguém já morreu.

Como dito anteriormente, o roteiro é simples, mas muito bem escrito, contando até com uma mescla entre filme de terror, suspense e policial. As atuações, embora não sejam nada extraordinário, cumprem seu papel. O melhor do filme, com certeza, é a dúvida que ele gera. Afinal, assim como as pessoas presas, todos querem saber quem ali dentro está cometendo os crimes.

Obviamente, eles chegam a conclusão de que algum deles possa ter o demônio no corpo. Tem uma explicação para isso: no início do filme, uma "lenda" é contada, dizendo que um suicídio sempre "abre a porta" para que o Diabo entre no nosso mundo. Uma vez aqui, coisas ruins passam a acontecer (do tipo, o pão cai com a geleia para baixo e coisas desse tipo). E, adivinhe? Claro, o filme começa com um suicídio! \o/

Se você quer ver um filme que te assuste de verdade e te deixe com medo até da sua sombra, "Demônio" não é seu filme. Embora bem construído, foi erroneamente classificado como Terror. É Suspense. Nada muito fora do comum, mas é suspense. O que ele pode fazer, no mínimo, é te fazer pensar duas vezes antes de entrar num elevador. Ou de bater um papo com o "Demo".



Tuesday, December 7, 2010

A amizade emociona


Lá estava ele, no palco, lugar onde adora estar. Mas dessa vez era por outro motivo. ELe não encarnava nenhum personagem, era ele mesmo. A sua camiseta estampava os arlequins do anonimato, da fama e do esquecimento, enquanto seu rosto estampava um nervosismo sem fim. Então, ele agradeceu e começou a falar. Oratória nata, claro. Encantou durante os 30 minutos que lhe eram designados. Continuou encantando também depois, amigos e professores. Assim como eu, ele demorou quatro anos para estar ali. Quatro anos de uma certa dor de cabeça, que já começa a dar saudade.

Ao término, as palmas. E elas vieram arrebentando tudo, como uma onda que estoura na praia na maré alta. Ele fechou os olhos e socou o ar. "Consegui, porra!". Não leio mentes, mas tenho quase certeza que foi nisso que ele pensou. Foi exatamente o que eu pensei quando terminei de falar também. A banca, só elogios. Rasgados. Sem suspense. E veio o "Aprovado", aquela palavra que todos esperam (e querem), ouvir nessa altura do campeonato. E com ela veio uma nova onda de aplausos, gritos e assovios. Vieram pulos lá no palco e novos socos no ar. Vieram as lágrimas. De felicidade.

Todos estavam felizes.
Ver um amigo se dar bem na vida é algo que faz bem pra nossa alma.
Enquanto escrevo essas palavras, olho para a capa de "Trifásico" e me orgulho dele. Do seu autor. Não tive relação nenhuma com o resultado final, mas ver ali, naquela folha de papel, aquela dedicatória direcionada a mim, emociona. A amizade emociona.

Monday, December 6, 2010

Quatro anos. Cinco meses. Uma sigla. Uma palavra.

2007. 2008. 2009. 2010...
Esses foram os anos que eu passei dentro de uma faculdade, mais precisamente, a de jornalismo. Entrei sem saber se era isso mesmo que eu queria para mim, passei pela crise do segundo ano, cheguei ao terceiro mais motivado e entrei no quarto e último pensando que fiz a escolha certa. Que bom.
Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro...
Os quatro anos anteriores nos prepararam para esses cinco meses em específico. Aquele em que devemos colocar em prática tudo o que aprendemos até então. Criação de Pautas. Finalização de Roteiros. Gravações de Sonoras. Entrevistas. Decupagens. Coisas que se tornaram atividades cotidianas.
TCC...
Correria. Brigas. Discussões. Mais correria. Agendas lotadas. Horários ingratos. Entrevistas desmarcadas. Fontes não localizadas. Viagens caras. Equipamentos caros. Nervosismo. Estresse. Noites mal dormidas. Trabalho de lado. Família de lado. Vida social de lado. Isso é só um aperitivo de como é fazer um Trabalho de Conclusão de Curso, independente da mídia escolhida. Tudo isso só para ouvir uma única palavra...
"Aprovado".