Saturday, August 14, 2010

Especial: Cultura do Grafite


Vídeo idealizado e realizado por mim e pela Bruna Azevedo, no semestre passado. Gravamos durante a Virada Cultural de Indaiatuba para o Programa Espelho Urbano, da Puc Campinas.

Sunday, August 8, 2010

"A Origem" e a arte de invadir sonhos

De tempos em tempos, o cinema de ficção-científica nos brinda com alguns clássicos. E isso não é de hoje, muito pelo contrário, vem lá da década de 1970, com filmes como "Laranja Mecânica", do mestre Stanley Kubrick, e também a trilogia "Star Wars", do visionário George Lucas. Os anos 80 chegaram, e com eles, novas tecnologias que tornaram possível a aparição de novos filmes que marcaram uma geração, como "De Volta Para o Futuro", "O Exterminador do Futuro" e "Blade Runner". A década de 1990 chegou, mas parecia que novos clássicos não surgiriam. Até "Matrix" ser lançado e revolucionar o cinema.

Você deve estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com "A Origem" (Inception, no original), novo filme de Christopher Nolan, o mesmo diretor responsável pela renovação da série "Batman" no cinema, que estreou aqui no Brasil na última sexta-feira. Bem, o fato é que a primeira década dos anos 2000 não havia apresentado, ainda, um clássico da ficção-científica como os citados acima. Alguns cinéfilos podem torcer o nariz, afirmando que o ótimo "Avatar", de James Cameron, possa cobrir essa lacuna. A verdade é que não pode. "Avatar" tem suas glórias, mas ele peca justamente onde "A Origem" acerta: um roteiro bem construído, que faz com que o espectador mais atento saia da sala de cinema com dúzias de dúvidas e questionamentos a respeito do que ele acabou de assistir.

Não que a história do longa seja confusa. Não é. Ela é apenas complexa. E essa complexidade veio de um lugar comum à todos nós: os sonhos. Nolan (que além de dirigir também escreveu o roteiro do longa) traz à tona perguntas tão óbvias que, por esse mesmo motivo, jamais paramos para pensar em suas respostas. Como os sonhos começam? Porque nós simplesmente estamos, de repente, no meio deles? É exatamente nos sonhos onde Cobb (Leonardo DiCaprio) e Arthur (Joseph Gordon-Levitt) exercem seu trabalho de extração de informações confidenciais até Saito (Ken Watanabe) propor uma ação diferente: ao invés de roubar uma informação, inserir uma ideia na mente de um herdeiro de uma mega corporação, Robert Fischer Jr. (Cillian Murphy). O objetivo é fazer com que ele divida sua empresa após a morte do pai.

Mas realizar tal ação não será nem um pouco fácil. Para implantar com sucesso uma ideia na mente de uma pessoa, é necessário ir fundo no seu subconsciente. E ai Nolan nos apresentam às camadas, ou níveis, de sonhos. Cobb precisa entrar, pelo sonho, em outros sonhos da sua vítima e buscar a semente que vai germinar toda a ideia necessária para que ele tenha sucesso em sua missão: o relacionamento entre Fischer e seu pai moribundo. Pode parecer algo estranho, explicando em palavras, mas o filme brinca com esse elemento de maneira bastante simples.

Para cumprir sua missão, Cobb, um invasor nato, precisa de uma equipe que cubra todas as suas necessidades. Cada membro da equipe é responsável por cobrir uma área específica. Ariadne (Ellen Page), por exemplo, é a Arquiteta, a mente por trás de criar todo o universo físico do sonho. Ai entra uma outra grande cartada do filme, além do roteiro: o elenco e suas respectivas atuações. No sempre ótimo Leonardo DiCaprio vemos, novamente, um heroi atormentado pelo passado, algo que já presenciamos em "Ilha do Medo". Além dele, temos a fantástica Ellen Page, o espirituoso Tom Hardy e Joseph Gordon-Levitt, responsável por uma das cenas mais incríveis do filme: uma luta nos corredores de um Hotel, à lá gravidade zero.

Aproveitando a deixa dessa cena, podemos falar dos efeitos visuais. Sim, eles são incríveis. A começar pela cena onde Ariadne, a arquiteta, brinca com a física do sonho que ela criou e "dobra" a cidade inteira. Assistir à essa cena numa sala de cinema é uma experiência única, e fiquei tão boquiaberto aqui quanto vi a cena da queda do avião (sem cortes), em "Presságio". O mais legal em "A Origem" é que ele não foi feito para mostrar o quão evoluído os efeitos especiais estão. Os efeitos existem, são ótimos, mas não são a parte mais importante da história. É a junção perfeita entre um ótimo roteiro e efeitos na medida certa, sem exageros.

Os mais desavisados, no entanto, vão querer comparar o novo filme de Nolan com a saga "Matrix". Mas essa comparação se mostra equivocada logo nos primeiros minutos do longa. "A Origem", embora trabalhe com elementos parecidos com a série criada pelos irmãos Wachowski, como a questão de "sonhos coletivos", "universos paralelos" e tal, se mostra ainda mais profundo e complexo. Não se envergonhe, inclusive, se sair da sala de cinema com algumas dúvidas na cabeça a respeito do desfecho do filme: essa é mesmo a intenção do diretor. Essa complexidade pode até gerar no espectador a necessidade de assistir ao filme uma segunda vez. Ai mora uma grande sacada de Nolan: ao assistir ao longa novamente, o espectador começa a criar elos, junta a história de uma maneira que, assistindo na primeira vez, talvez deixe passar batido.

"A Origem", queira ou não, marca história no cinema de ficção-científica. Ao utilizar do mundo dos sonhos, tão comum no nosso dia-a-dia, e acrescentar à ele elementos fantásticos, Nolan serve mais um prato de alta gastronomia ao seu já valoroso banquete cinematográfico. Não há dúvidas de que o diretor é uma das principais mentes criativas em Hollywood atualmente e responsável por um dos filmes mais arrebatadores dos últimos anos. É um daqueles filmes que fazem o espectador ficar sem ar. É um daqueles que já nascem clássicos.


Wednesday, August 4, 2010

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