Sunday, November 21, 2010

Harry Potter e o início do fim


A cena surgiu na tela do cinema exatamente como eu havia imaginado quando li "Harry Potter e as Relíquias da Morte". Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger capturados e levados à casa dos Malfoy. Harry e Rony são atirados no calabouço, onde encontram a amiga Luna Lovegood, enquanto Hermione, a sangue-ruim, é torturada pela bruxa Belatrix Lestrange, sangue-puro. Eis que, em meio ao terror, Harry recebe a visita de Dobby, o elfo doméstico liberto por ele em uma outra aventura. Com a ajuda de Dobby, Harry e Rony escapam da masmorra e partem para salvar Hermione. Um confronto com os Malfoy é inevitável. Belatrix ameaça cortar a garganta de Hermione se os amigos não entregarem suas varinhas. Novamente, Dobby surge e afasta Belatrix da jovem bruxa, enquanto Harry desarma Draco Malfoy. Fazendo juras de amizade eterna, Dobby aparata, levando Harry, Rony e Hermione com ele. Leva também uma faca de Belatrix, atirada no último momento, e que acaba matando o elfo doméstico livre.

Não vou negar que chorei no cinema ao assistir essa cena. Essa era, para mim, uma das mais aguardadas de "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1", que estreou nas telas brasileiras na sexta-feira, dia 19, causando furor entre os fãs da série. E foi justamente para esse público que o diretor do longa, David Yates, conduziu a história. A melhor adaptação para o cinema dos livros de J. K. Rowling até agora, HP7 presenteia o espectador e fã do bruxinho com cenas memoráveis que mostram a dor da perda, a força da amizade e a eterna luta do bem contra o mal, aqui representado pelo sanguinário Lorde Voldemort (Ralph Fienes).

Um dos filmes mais aguardados do ano, HP7 mostra o início das buscas do trio de amigos bruxos em busca das Horcruxes, objetos mágicos espalhados pelo mundo que contem parte da alma de Voldemort. Harry precisa encontrar - e destruir - seis Horcruxes. Só então poderá derrotar o Lord das Trevas, ou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Em meio à sua busca, porém, Harry precisa despistar os Comensais da Morte, eternos seguidos de Voldemort. Nesta tormenta, ainda, Harry conhece o Conto dos Três Irmãos e a lenda das Relíquias da Morte, que juntas, fazem de um bruxo, invencível.

Ver tudo isso no cinema, para muitas pessoas, pode parecer "só mais um filme" de magia. Porém, quem acompanhou a história de Harry e seus amigos desde o início, quando o garoto tinha apenas 10 anos de idade e o acompanhou por todos esses anos, crescendo junto à ele, tem um gostinho especial ao assistir ao sétimo filme, dividido em duas partes. Em HP7 Harry precisa fazer decisões o tempo todo, precisa extrair de dentro dele tudo aquilo que ele tem de melhor, num momento em que tudo que lhe parece familiar vai desmoronando.

Como disse acima, HP7 é a melhor adaptação dos livros de Rowling para o cinema até agora. Claro que isso já era esperado, desde o momento em que foi anunciado que o último livro da saga seria dividido em duas produções. Todos os momentos marcantes estão lá, desde a fuga da casa dos tios trouxas e a morte da fiel companheira Edwirges, até a briga com o amigo Rony, que abandona a jornada.

Não é sequer preciso dizer da parte técnica do longa, já que tudo é de extremo bom gosto. Efeitos especiais de primeira linha, atuações fantásticas - tanto por parte dos personagens principais quanto dos secundários, uma fotografia de cair o queixo, o que já é característica da série. Tudo isso transforma o longa em uma boa opção, também para quem não é tão fã assim da saga do bruxo.

O primeiro HP7 nos dá uma boa ideia do que aguardar da segunda parte da história, que será lançada no meio do ano que vem. Esse foi apenas o início do fim, e foi mehor do que qualquer fã poderia imaginar.


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