Ainda estou em estado de choque. Terminei de ler "Precisamos falar sobre o Kevin", e vim direto para o computador. Não dava para segurar tudo o que eu senti só para mim, tanto, que vim aqui compartilhar minhas opiniões sobre esse livro. Ele não é apenas um dos melhores livros que eu já li na minha vida, como também já é um dos meus favoritos e, com certeza, vou recomendá-lo à todos que me pedirem boas dicas de leitura.A autora, Lionel Shriver, tem, nessa obra, de nos deixar tão próximos de Eva Khatchadourian, sua protagonista ficcional (mas que poderia muito vem ter vivido de verdade, em carne e osso), que é simplesmente impossível ler os dois últimos capítulos dessa obra sem sentir um nó na garganta, ou ter os olhos marejados e se emocionar com cada linha escrita. Muito bem escrita, por sinal.
Para nos contar a dramática história de Eva, e seu filho mais do que problemático Kevin, Lionel usa com excelência as palavras. Além de ser um dos melhores livros que eu já li, esse também é um dos mais bem escritos com os quais eu já tive o prazer de me deparar. A leitura flui com facilidade, e embora possa ser cansativa em alguns momentos, você vai sentir a vontade de devorar esse livro de uma vez.
Como dito, Kevin é problemático. Mais do que isso, ele é um assassino. Em um acidente em sua escola, ele matou a sangue frio alunos e uma professora. Porém, as revelações sobre esse caso, que são feitas por Eva, por meio de cartas escritas ao marido, Franklin, mostram que o crime foi muito mais monstruoso e dramático do que parece.
Muito mais do que falar sobre o assassinato, Lionel nos mostra, através de Eva, como um filho pode transformar - para pior, a vida de uma mãe. Não estou nem me dirigindo aos assassinatos, e sim, à gravidez em si: algo que Eva nunca quis, mas que se submeteu para agradar ao marido. As consequências são uma vida destruída, cheias de desconfianças sobre um garoto que se mostrou "anormal" desde o início.
Com certeza, tem muita coisa sobre o livro que eu ainda gostaria de escrever. Mas, agora, não consigo pensar em muita coisa, a não ser que esse é, com certeza, um ótimo livro, que deve ser lido por qualquer pessoa, principalmente, por aqueles que prezam por uma verdadeira obra-prima literária.


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